Historia de Pesca na busca aos grandes Tucunarés Amazônicos
A pesca é realizada nos afluentes, lagos e paranãs do baixo rio Madeira na região de Nova Olinda do Norte/AM
A bordo do luxuoso barco-hotel, o Amazon Lord,
Que segue a partir do Cais do Hotel Tropical as margens do Rio Negro na capital de Amazônia, Manaus.
Estamos em um grupo de 14 pescadores mineiros organizado pelo operador de viagens de pesca, o Adriano Mussy de Belo Horizonte, MG. No grupo temos os pescadores, o George Andrade, Eduardo Pacheco, Jacques Luciano Bethônico e seu pai, Rangel Bethônico, Rogério Batella, Thiago Batella, Juliano Batella, Vinícius Pinotti, Sérgio Borelli, Paschoal Costa Neto, Eduardo Lourival, Geraldo Mol Starling Filho, João Lucas Mansur B. Campos
Logo após zarparmos, passamos sob a imponente Ponte Estaiada no rio Negro. Ela conecta os municípios de Manaus e Iranduba, fazendo parte da rodovia Manoel Urbano (AM-070). Inaugurada em 24 de outubro de 2011, sendo considerada uma das maiores pontes dessa espécie no Brasil, com 3,6 quilômetros de extensão
Passamos também, em seguida, no famoso encontro das águas do rio Negro com do rio Solimões. Fenômeno natural ocasionado devido a questões geológicas, climáticas, termais, acidez, densidade e velocidade diferentes dos dois rios em frente da cidade de Manaus. Após a mais ou menos 8 km a cor do rio Solimões prevalece.
A nascente do rio Negro é na Colômbia, desce pelo Norte do Amazonas, passando pelos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro, Barcelos e Novo Airão, até desembocar em Manaus. O rio Solimões nasce no Peru, atravessa a fronteira com o Brasil, entre os municípios de Tabatinga e Benjamim Constant, e continua seguindo até Manaus. Quando se encontram, suas águas (negra e barrenta) não se misturam devido as diferenças de temperatura, densidade e de velocidade.
Durante a navegação uma breve reunião para esclarecimentos e informações sobre roteiro de pesca e procedimentos de serviços do Amazon Lord
Almir Morganti, o gerente da Iate, e o comandante Agenor Andrade dos Santos, são pessoas de extrema importância na organização, segurança e no profissionalismo prestados por toda equipe da tripulação do Lord ao grupo de pescadores e sucesso desta aventura.
Descemos o rio Amazonas rumo ao seu primeiro afluente do lado direito (após receber as águas do rio Negro), o rio Madeira
Seguimos viagem desfrutando as boas vindas da embarcação, com de chopp geladinho, aperitivos e depois um tambaqui assado
E, ainda, preparando a tralha de pesca, fazendo amizades e admirando a paisagem
Região de Lagos: atalho rumo ao rio Madeira
PESCARIA
Após um relaxante banho em ducha pressurizada com aguá quentinha e uma boa noite de sono em um quarto confortável, espaçoso e com ar condicionado, acordamos com o Lord atracado na região de Nova Olinda do Norte (AM), na barra do Canumã (rio Madeira em sua confluência com a foz do rio Canumã)
Um lindo amanhecer nos recebe refletindo nas águas do Madeira seu tom avermelhado
Serão seis dias dedicados à pesca, na busca de emoções, recordações, em um local que faremos, pela primeira vez, a nossa historia
A maioria com preferencia ao imperador da Amazônia, o tucunaré, e os outros atrás das valentes pirararas.
Vamos pescar nos afluentes do Madeira, como Sucunduri, no Paranã do Urariá e lago Axinim. Escolhas feitas de acordo com o nível das águas e das atividades bem sucedidas por outros grupos de pescadores e peixes pretendidos.
A ESTREIA de todos do grupo é no Lago Axinim, atrás do bocudos como o tucunaré é gentilmente nomeado. Segundo os comentários, a expectativa é grande e promissora em ser nosso melhor ponto de pesca. Devido ao grande deslocamento, cerca de 1:30 horas em um bass boat, no motor 60 hp (4 tempos), passamos o dia todo no lago.
A caminho do Lago Axinim – paisagens e moradia do ribeirinhos
Canal de acesso ao Axinim – no caminho búfalos se alimentando de aguapé
Pescadores locais, na maior parte são jovens ribeirinhos
O resultado do dia foi de sol escaldante, água no mato, poucas ações e poucos peixes na ponta da linha. Um ou outro pescador se anima com uma boa captura. Nosso saldo positivo foi um bom tucunaré de 13 libras no jig em uma grota
E um belo aruanã no hélice
O dia também valeu pelo encontro de todos para do assado na parada para o almoço, pelo aquecimento do braço e para traçar planos de pesca e escolhas de iscas para os dias seguintes.
Equipe de guias de pesca , sempre prontos para servir
Recepção encardumada
À noite, o barco-hotel zarpa rumo a outros pontos de pesca promissores para os tucunarés e as pirararas ficam para final da pescaria, no retorno da embarcação para este ponto inicial, a barra do Canumã.
As águas estão ainda um pouco altas, entrando nas áreas de igapó (mata de baixio susceptível a alagamento na época da cheia) o que dificulta encontrar os tucunas que se refugiam no “mato”.
Buscamos pontos de pesca mais rasos como espraiados, pontas de praia ou em barrancos altos de barro ou de pedras.
Os cardumes são percebidos de longe. Em frenesi se anunciam em explosões no espelho dágua (caçando suas presas), onde partem nossos arremessos. De perto, a cor preta da água e lisinha que mais parece um espelho também ajuda visualizar uma sutil mexida na água denotando sua presença.
Houve capturas principalmente com iscas de meia-água e sub superfície, porém também acontecem capturas nas iscas de superfície, principalmente nos tipo zara e hélice.
Tivemos muitos peixes embarcados e vários em dublês!
São pequenos e valentes pinimas, açus, pacas e popocas de até 1,5 quilos e alguns no máximo de 2,5 kg, porém a diversão é grande.
A atividade do cardume dura horas a fio, chegamos a ficar um período todo do dia em um único ponto de pesca arremessando e pegando um peixe atrás do outro, com iscas twitch bait e meia-água. Quando se aquietam arremessamos um hélice ou uma zara barulhenta, e eles se ativam novamente, talvez por curiosidade ou irritados como barulho das iscas.
Em todos os anos de pesca, em que pescamos em vários lugares diferentes, foi a primeira vez que passamos por uma situação deste tipo, parece história de pescador, os peixes brotam de todos os lados incessantemente e não se dispersavam.
Busca ao troféu
Apesar da diversão a busca pelo troféu continua, mudamos de ponto e novamente somos recebidos por outros cardumes. Entre um cardume e outro, peixes de 9 a 13 libras, aparecem discretamente, em casos isolados em áreas alagadas próximo as estruturas como troncos de macacaricuias e em arbustos de acarás-açus submersos.
E MAIS TUCUNAS CAPTURADOS
Estão chocos, diz o Wilson, nosso guia de pesca – que comprovamos buscando uma isca deixada no enrosco e ao lado visualizamos ovas de peixes.
Seu ataque à isca de superfície é estrondoso e bruto ou então perseguem a isca formando uma crista na flor dágua e o coração bate forte na expectativa do ataque. Após fisgados partem para a estrutura submersa para deixar a isca enroscada e fugir em disparada. Temos que ser rápidos e espertos, usar equipamento reforçado e carretilha com freios bem apertados para poder trazer o peixe, sem dar moleza e chances para que ele vá para o enrosco. Houve caso que estouraram a linha levando a isca consigo. Por tudo isso ele nos traz tanta emoção e prazer – é desafiador, nos põe a prova a cada fisgada e quando embarcado é só alegria e comemoração. Todo cansaço pelos incontáveis arremessos, pelo calor exaustivo, pelos ventos que atrapalha os arremessos e mais a chuva, sempre presente – tudo é esquecido, é aliviado neste momento de adrenalina. E fica a vontade de querer mais e mais, uma emoção sentida na flor da pele e percebida na expressão cada pescador em ter o peixe nas mãos.
O amanhecer e entardecer são sempre um espetáculo a parte na idas e vindas das pescarias, um mais lindo que o outro
Porém este dia amanhece totalmente nublado e a farta chuva não tarda a cair, vem com vontade o que é normal na região amazônica. E da-lhe água, vento e frio!
Nossas capas de chuva entram em ação, outros pescadores sem roupas apropriadas retornam para o barco-hotel.
Persistimos ao mau tempo, nossa determinação fala mais alto do que do comportamento do peixe à mudança de tempo, temos boas capturas e a dificuldade fica em fazer os registros dos peixes debaixo de forte chuva
Wilson, um guia muito dedicado, sempre se desloca atrás de bons pontos de pesca, de olho nas margens e altura da água, de peixes em movimento e água mexida, com borbulhas (explosões e marolas). É também muito atencioso comigo, observa minhas iscas, ajeita meu material para um próximo arremesso de uma vara reserva deixada ao lado, dá dicas de que isca usar e indica pontos de arremessos. No momento das fotos também dá o maior apoio para diminuirmos o tempo com elas e não perder o momento do peixe. Obrigada, Wilson!
Dicas desta Pescaria
1. Não tirar a isca pegadeira: Fizemos jus ao ditado “time que está ganhando não se mexe” Como os peixes estavam sem padrão de ataque – ora atacavam na superfície, ora na meia água, tanto no caso dos pequenos encardumados como dos grandes isolados, independente do ponto de pesca ou do tempo. Quando uma isca se mostrava eficiente pescávamos com ela até cansar o braço do movimento repetitivo.
2. Trocar a garateia por anzol circle hook: Os tucunas dos afluentes do Madeira são brutos, difícil posicioná-los para as fotos, se debatem muitos, mesmo os maiores. Tem que segurar firme pelo rabo, o que não é meu costume, prefiro segurar sua parte ventral. Quando fisgado, em seu primeiro arranque procura o enrosco, deixa a isca e vai embora. Para tentar minimizar este problema, alguns pescadores adotam a técnica de troca as garateias por anzóis circle hook, inclusive quando fui pescar com Heiron registrei a captura nesta situação. Principalmente nas iscas grandes de hélice, as menores de 8 cm, em que o peixe a coloca inteira na boca com as duas garateias também foi eficiente em resolver este problema.
3. Insistir em cardume de peixes pequenos: Será que tem peixe grande? Nesta pescaria tive na pratica a resposta a esta questão.
No ultimo dia dedicado ao tucunaré, eu e o Serginho, trocamos de parceiros. Serginho foi pescar com seu xará Sergio Borelli e eu com Heiron, nosso anfitrião. Logo de inicio tenho uma explosão no meu hélice, infelizmente o peixe é mais rápido, leva a isca para o enrosco e ficamos sem o peixe. Mais adiante notamos a presença um cardume fazendo o maior banzeiro, arremessamos e nada de ação. Seguimos arremessado e pronto meu parceiro abre a fila de peixes fisgados, era um atrás do outro, era arremessar e pegar, até na isca parada eles vinham. Eu estava com um hélice de 8 cm e o Heiron com uma de meia-agua, enquanto ele pegava uns dez eu pegava uns dois no hélice. Pensei em mudar de isca, mas ela estava atiçando os peixes, rebojavam, faziam marolas e um ou outro finalizava em ataque. Heiron parece criança se divertindo com os tucunas pequenos quando recebe uma puxada mais forte. E não é que tinha peixe grande naquele cardume de tucunas pequenos, o tucuna maior é embarcado por Heiron e dá-lhe fotos.
Wilson entra na brincadeira e também faz suas capturas
Temos capturas até em triplês.
Também quero um grandão, troco minha isca por uma de meia agua, igual de meu parceiro, que por coincidência tínhamos comprado juntos em Manaus em uma loja de pesca antes de embarcarmos para a pescaria e, pasmem, não é que, em eu primeiro arremesso, entra outro belo peixe. Ele corre direção ao enrosco, mas não dou moleza, Wilson vibra, o peixe chega perto do barco, mostra que não esta para brincadeira, afunda varias vezes até ser embarcado.
Foi muita diversão, não desprezamos os pequenos e no final vêm dois peixes bons, ficamos em estado de euforia e felicidade prazeres da pescaria!!!
PESCA ANCORADA
Encerramos a pescaria no mesmo local onde iniciamos, na foz do Canumã. Satisfeitos com a pesca de tucunas, investimos nos peixes de couro no Paranã do Urariá, juntamente com outros interessados nas PIRARARAS e o restante da turma segue para o Axinim atrás dos tucunas.
Tivemos dois barbados e uma cachara embarcados, e a pirararas ficam pra próxima.
As iscas vivas foram pegas com os pescadores profissionais da região, como os aracús (piaus), piaus-três-pintas e sardinhão que são descartados na venda, sem valor comercial.
ALGUMAS IMAGENS DAS CAPTURAS DOS AMIGOS MINEIROS
DESPEDIDA
Encerramos a pescaria com o mesmo sol avermelhado que começamos, espetáculo da Natureza!
AEROPORTO
Mega barco de navegação segura, acomodações confortáveis e espaçosas tanto em largura como em altura e climatizadas Atendimento profissional por toda a tripulação e guias. Quartos espaçosos com ar condicionado e banheiros com ducha pressurizada quente e fria. Sala de estar com TV grande e deck com Chopp geladinho o tempo todo e petiscos. Café da manhã e refeições deliciosas e generosas com capacidade para 20 pessoas com café expresso, maquina de sucos e bebidas a vontade. e, ainda, conta com uma mini lavanderia.
Barco de apoio ao Amazon Lord – onde fica toda a tripulação, guias de pesca, mantimentos, combustível…
Lanchas de pesca – Modelo Bass Boat que propicia uma pescaria com espaço para dois pescadores pescar o dia todo tranquilamente, motor de popa 60 hp 4 tempos e elétrico com controle , onde o guia fica centralizado na lancha dando espaço para pescadores, plataformas de popa e outro na proa com banco giratório – adequada para a pesca com iscas artificiais
Momentos de descontração no deck
AGRADECIMENTOS
BARCO-HOTEL AMAZON LORD
(11) 4345-3118 / 4334-1016 / 985243656
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Nossos agradecimentos a toda atenção e apoio da tripulação no pronto atendimento e responsabilidade em nos oferecer conforto e segurança, ao comando do gerente Almir e do comandante Agenor
OBRIGADA Almir, Agenor e toda equipe do Amazon Lord!!!
OBRIGADA HEIRON, VALEU!!!
EQUIPAMENTOS RECOMENDADOS
Para os tucunarés Varas de 56 a 6, classe de 20 ou 25 libras, de ação média a rápida; Carretilhas com capacidade para pelo menos 90 metros de linha; Linhas de multifilamento de 40 a 60 libras; Lider de fluorcarbono de 50 a 60 libras; Iscas: plugs variados de superfície como zara e stick, meia-água, twitch baits de 9 a 17 centímetros e jigs de penacho; Mais: snaps, argolas e garateias reforçados.
Para as pirararas Varas de 6, classe 60 libras, ação rápida; Carretilhas de perfil redondo com capacidade para 150 metros de linha; Linhas de multifilamento de 100 libras; Chumbadas de 30 gramas; Anzóis 12/0 encastoados; Iscas: aracú (piau)
NÃO ESQUEÇA Alicates de contenção para pegar o peixe e de bico longo para retirada de garateias e anzóis, óculos polarizados, boné, neck tube ou chapéu com proteção para orelhas e pescoço, protetor solar, roupas leves de secagem rápida, luvas, capa de chuva, remédios pessoais, kit de primeiros socorros, vacina contra febre-amarela ( tomar pelo menos 10 dias antes da viagem), máquina fotográfica e bolsa impermeável para pequenos pertencentes devido às chuvas.
RIO MADEIRA um afluente do rio amazonas, pertencendo a sua bacia. Banha os estados de Rondônia e Amazonas. Com cerca de 3315 km de extensão é o 17.º maior do mundo. Nasce com nome de rio Beni na Cordilheira dos Andes, Bolívia, na divisa com o Brasil recebe o rio Mamoré-Guaporé, passando a se chamar rio Madeira. No período de chuvas inunda porções da planície florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta, justificando seu nome.
MELHOR ÉPOCA DE PESCA junho a outubro
COMO CHEGAR: a partir de Manaus a viagem poder ser pelo próprio barco-hotel ou por voos fretados Manaus/Nova Olinda do Norte.
MATÉRIA PUBLICADA na Revista Pesca Esportiva > “Baixo Madeira, altas emoções”
http://isabelpellizzer.com.br/baixo-madeira-altas-emocoes/
VÍDEOS no You Tube
Uma semana de muita pescaria partindo de Manaus a bordo do luxuoso barco-hotel Amazon Lord até Nova Olinda do Norte/AM que rendeu muita alegria com os esportivos tucunarés amazônicos na ponta da linha.
Neste vídeo é possível se inteirar de toda operação de pesca a partir de Manaus
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