DESTINO: Pimenteiras do Oeste/RO

ONDE PESCAR: rio Guaporé

ONDE FICAR: Iate Mangaba I

PEIXES: cachara, caparari, pirarara

Outros peixes: cachorra-larga,  traíra e tucunaré-amarelo


Pescar em um rio glamoroso a bordo de um barco-hotel ganha outra dimensão deixando o pescador mais próximo dos peixes e da natureza

O ponto de partida é Pimenteiras do Oeste (RO), conhecida como “Cidade Verão” devido ao festival que acontece todos os anos e suas praias.

A programação é seguir até Pedras Negras – cerca de 400 km quilômetros rio abaixo e depois retornar, fazendo paradas de pesca pelo caminho.

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Portal de Pimenteiras do Oeste em Rondônia

Assim se dá inicio a mais uma aventura de pesca, zarpando em grande estilo, no solarium do Iate Mangaba I, um barco-hotel, construído com a proposta de deixar o pescador o mais próximo possível da natureza e dos peixes do majestoso rio que marca parte de nossa fronteira com a Bolívia.

E o Iate Mangaba I singra o rio Guaporé rumo as pontos distantes de Pimenteiras do Oeste

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Embora o nível do rio esteja baixando*, tornando-se propício para a pesca de peixes de escamas, estamos interessados no caparari e na pirarara. Nos integramos a um grupo de 16 pescadores de Minas Gerais, a Turma do Bispo, que pesca junta há 24 anos.

Dia seguinte, vencido o primeiro trecho de navegação, cada dupla, com tralha de pesca pronta, tem encontro marcado com seu guia.

Surgem o primeiros raios de sol….

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 É hora de partir em busca dos tão sonhados peixes e emoções…

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TRAÍRA: A COADJUVANTE BEM-VINDA – UMA PESCARIA A PARTE E DIVERTIDA!

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A maioria dos pescadores busca os peixes de couro na pesca de espera, levando de isca, a tradicional tuvira.

Reforçamos o “cardápio” com uso de traíras, considerada serem a melhor opção, principalmente a parte da cabeça que resiste mais aos ataques das vorazes piranhas.

Vários barcos encostavam lado a lado nas pequenas lagoas chamadas pelo guia de “poças”, há traíras para todos, atacando avidamente tanto iscas artificiais como pedaços de tuviras.

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Soltamos os maiores exemplares, mantendo a bordo apenas as traíras suficientes para ser usado como isca.

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Apaiaris, jacundás, saicangas, piranhas e tucunarés também dão o ar da graça

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sempre sob o olhar atento de jacarés que saem nas fotos.

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PESCA DE PEIXE DE COURO

A pesca do CACHARA e do CAPARARI é praticada de duas situações:

Com o barco ancorado próximo à margem do rio, arremessando as iscas paralelamente à margem e a favor da correnteza, que se encarrega de transportá-las para debaixo da vegetação – ponto de caça e espreita destes peixes a suas presas.

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Ou em praias ou raseiros com pontas de areia, o arremesso sendo feito de maneira similar, preferencialmente nas primeiras horas do dia onde costumam ir para se aquecerem num “banho de sol”.

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Em ambos os casos a CHUMBADA pode ser dispensada devido à pouca correnteza e profundidade e o peso das ISCAS é suficiente para o arremesso.

O que já não acontece quando se está atrás de PIRARARAS nos POÇOSTambém foram usados de iscas alguns jacundás e piranhas, esta principalmente na captura de pirararas

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Ataque das piranhas

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Enquanto o peixe não vem… o melhor a fazer trocar ideias soltas com o parceiro

Apreciar as águas lisas e escuras do rio, A mata repleta de ipês-rosas floridos,

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as aves perambulando pelas praias de areias brancas.

e empoleiradas na copas as arvores dos barrancos de passagem ou a espreita de um petiscos

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Mas sempre atentosSe a linha pesar de um jeito diferente, é hora de pôr a sensibilidade à prova, aguardando o momento certo para fisgar firme, com direito a confirmação caso a linha permaneça tensionada

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CAPTURAS MARCANTES

Uma das fisgadas é tão especial que dificilmente sairá da memória e merece ser compartilhada. Barco ancorado em uma praia, o arremesso leva longe a isca, que assenta na areia e fica ali por algum tempo à espera do peixe. Com a demora, é melhor recolher para um novo lançamento. Nisso, uma pequena marola se forma na superfície lisinha das águas rasas, visivelmente na direção da isca. O recolhimento é cessado, mas a onda continua se aproximando, na mesma proporção em que o coração começa a bater mais forte. A marola então para e a linha começa a esticar! O peixe carrega a isca, esperamos carregar um pouco mais, até a ponta da vara envergar, e aí a fisgada é feita. A emoção toma conta de todos no barco, um lindo CACHARA é embarcado após a briga. Não faltam cliques com o inesquecível troféu nas mãos e sendo solto, sob um agradecido “vai com Deus, volte sempre”…

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Mas um bom CAPARARI, fisgado ao anoitecer. A captura acontece já no retorno ao barco-mãe, quando paramos em uma margem que aparenta ser promissora. O parceiro Serginho é o primeiro a jogar a isca, que se posiciona debaixo da vegetação marginal. A ação é praticamente imediata e tem a devida resposta. O peixe parte para o meio do rio levando bastante linha, demonstrando ser de bom porte. Rápido, o guia desancora o barco e parte em sua direção. Sem estruturas “enroscativas” por perto, a briga é limpa e, depois de uns 15 minutos, aparece um grande caparari. Infelizmente, já não temos luz natural, o que prejudica as fotos do belo peixe. Mas é outro registro que continuará bem nítido em nossas memórias.

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São muitos cacharas, pirararas de pequeno porte

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de brinde uma piranha preta e uma corvina

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Ainda dedicamos parte da pescaria às CACHORRAS-LARGAS, em pontos reunindo corredeiras e pedras. A ação impressiona: basta arremessar uma isca artificial de meia-água ou uma pequena tuvira e recolhê-la dando toques para cima, e o ataque é garantido.

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Assim é nossa rotina no Guaporé, marcada por muitos peixes – nos divertindo atrás das trairas, cachorras e nos emocionando com as afundadas de pontas de varas dos peixes de couro… e   a contemplação da maravilha que é esse rio, dos primeiros aos últimos raios de sol.

AMANHECER

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ENTARDECER

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Não é preciso nos distanciarmos do barco grande, até porque o costume é retornar para o almoço

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com exceção de um dia em que marcamos encontro com a Turma do Bispo toda para um CHURRASCO na beira do rio.

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A descida completa do Iate infelizmente é prejudicada pelo nível do rio, baixo demais para o calado da embarcação, que chega a encalhar em alguns pontos. Nada que possa manchar o prazer e a alegria de estar em águas tão abençoadas pela natureza.

ALGUMAS IMAGENS DAS DEPENDÊNCIAS E ESTRUTURA  DO IATE MANGABA


SOBRE O GUAPORÉ

O rio pertence ao sistema fluvial da bacia amazônica. Nasce na Chapada dos Parecis (MT), acidente geográfico que atua como divisor entre as bacias amazônica (ao norte) e do Paraguai-Paraná (ao sul), além de abrigar uma singular transição entre três biomas: Cerrado, Pantanal e Amazônia. Com cerca de 1 400 quilômetros de extensão, delimita o Brasil e a Bolívia por cerca de mil quilômetros a partir de Vila Bela da Santíssima Trindade (MT) até se juntar ao Rio Mamoré e desaguar no Madeira, em território brasileiro. A região percorrida pelo rio é conhecida como Vale do Guaporé, de clima quente e chuvoso. Mas é no Estado de Rondônia que ele ganha a fama de ser um dos locais mais bonitos e piscosos da região Norte do país. 


EQUIPAMENTOS UTILIZADOS

Cachorras e peixes nas lagoas

Varas de 5’3 a 6 pés, classe 12 a 17 lb, de ação média; Carretilhas de perfil baixo com capacidade para 100 m da linha escolhida; Linhas de multifilamento de  20 a 25 lb; Líderes de fluorcarbono de 0,42 a 0,50 mm com o comprimento da vara; Iscas artificiais: plugs de 7 a 12 cm com ação de superfície (zaras), sub-superfície (twitch-baits) e meia-água (com barbela curta), com uso de empate metálico de 20 lb e até 10 cm para as cachorras ou Anzóis 5/0 ou 6/0 encastoados para iscas naturais.

Peixes de couro

Varas de 5’6 a 6 pés, classe 20 a 30 lb, ação média a rápida; Carretilhas ou molinetes para pelo menos 100 m da linha escolhida, com bom sistema de fricção; Linhas de mono e multifilamento de 30 a 50 lb; Anzóis 7/0 a 9/0 empatados com cabo de aço de 30 a 40 lb e 15 a 20 cm; Chumbadas de 20 a 30 g; Iscas: tuviras e pedaços de traíra.

Leve também: Repelente contra insetos, protetor solar, roupas leves, bonés, óculos polarizados e máquina fotográfica.


ROTEIRO DE PESCA E MELHOR ÉPOCA

Roteiro 1:  de março  a  31.06 – Pimenteiras do Oeste (RO) ao  Rio Verde (MT)

com destaque para cacharas, capararis, pirararas, barbados, apapás, matrinxãs, corvinas e jatuaranas

Roteiro 2:  01.07  a 15 .11 – Porto Rolim a Pedras Negras

com destaque para tucunarés, traíras, cachorras-largas, cacharas e pacus-caranhas


COMO CHEGAR:

De carro (partindo de São Paulo): Rodovia Castelo Branco (SP-280) até Ourinhos; Raposo Tavares (SP-270) até Bataguassu, MS; BR-267 até Nova Alvorada do Sul; BR-163 até Várzea Grande (MT); BR-070 até Cáceres; BR-174 até Vilhena (RO); RO-399 até Pimenteiras do Oeste. Total de 2375 km. Importante: Tenha a revisão do carro em ordem e pesquise com antecedência os melhores caminhos ao longo do trajeto, verificando condições das estradas, pontos para pernoite e locais interessantes para conhecer.

De avião: O aeroporto mais próximo é o da cidade de Vilhena (RO), de onde se segue por via terrestre até Pimenteiras do Oeste.


AGRADECIMENTOS: 

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José Luiz Borlina e Silva do Guaporé Pesca Hotel 

iatehotelmangaba@gmail.com

www.iatehotelmangaba.wordpress.com

Tel. (69)9206-0568 e (69)9241-5987


VER MAIS 

Matéria Publicada sobre esta pescaria na revista Pesca Esportiva  >  Guaporé em Alto Estilo

http://isabelpellizzer.com.br/guapore-em-alto-estilo/

OBRIGADA RIO GUAPORÉ!!!!

*Pescaria realizada em meados do mês de agosto 2013